quinta-feira, 12 de julho de 2012

Anúncios curiosos das primeiras décadas do Século XX - Parte 3

Uma boa água mineral, na temperatura correta, é sempre coisa agradável. Há quem tenha a sua preferida, levando em conta sabor, composição, pH, e assim por diante e, geralmente, é tida como mais favorável à saúde que a água que se tem ao abrir-se uma torneira comum.
Se você, leitor, vivesse no Brasil do início do século XX, teria, entretanto, boas razões para consumir água mineral, se as suas finanças assim o permitissem, claro. Água tratada, como hoje a conhecemos, era quase inexistente, e poucos lugares tinham uma rede de abastecimento urbano que de fato atendia às necessidades de consumo da população. Tendo de ingerir água de poços e outros reservatórios, muitas vezes contaminados, as pessoas estavam sujeitas a contrair doenças que podiam ser fatais. É exatamente essa a ideia explorada pelo seguinte anúncio de água mineral (*), datado de novembro de 1916:


Parece-me, no entanto, que quem elaborou o anúncio teria cometido um erro, ao não levar em conta o fato de que tifo e febre tifoide não são a mesma coisa. Só a segunda pode, de fato, ser contraída pela ingestão de água contaminada.

(*) CORREIO DA SEMANA, Ano VII, nº 238, 7 de novembro de 1916.


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