terça-feira, 3 de julho de 2012

O uso do algodão pelos tupinambás, de acordo com Hans Staden

Algodão, de acordo
com Debret (*)
Hans Staden, em sua permanência nada voluntária entre os índios tupinambás, observou que seus hospedeiros praticavam o cultivo de alguns vegetais, tais como mandioca e pimenta, além de algodão. A variedade de algodão cultivada era, segundo ele próprio descreveu, arbustiva e ramosa. Podia chegar a ter cerca de dois metros de altura, não havendo erro na interpretação da medida antiga que empregou. Dava botões que, uma vez amadurecidos, se abriam, revelando o branco algodão, preso às sementes.
Em Zwei Reisen nach Brasilien (edição de Marburg, 1557) Staden assevera que os tupinambás, no que se refere ao vestuário, usavam simplesmente pinturas e adornos, principalmente de penas coloridas. Por que motivo, então, davam-se ao trabalho de cultivar algodão?
Isso se explica pelo fato de as fibras de algodão terem outros usos, dentre os quais Hans Staden menciona um: usavam-nas para a fabricação das redes nas quais dormiam.

(*) DEBRET, J. B. Voyage Pittoresque et Historique au Brésil vol. 1. Paris: Firmin Didot Frères, 1834. O original pertence à Brasiliana USP; a imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.


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