sábado, 31 de julho de 2010

A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 2

Igreja Matriz de São João Batista (Rio Claro - SP)


Retomo aqui o assunto da postagem anterior, iniciando um passeio por algumas igrejas historicamente significativas, localizadas no interior de São Paulo e de Minas Gerais. A visita de hoje é à Igreja Matriz de São João Batista, em Rio Claro (SP).
As origens da cidade e da Matriz estão conectadas - afinal, seguindo a tradição dos extensos toponímicos, Rio Claro foi, originalmente, São João Batista do Rio Claro. Não há dúvida de que aspectos práticos levaram ao encurtamento do nome da cidade, como ocorreu em muitíssimos outros lugares. Mas vamos ao que interessa...
A povoação de Rio Claro teve sua primeira capela curada em 1827, a qual foi elevada a paróquia em 1832. Uma primeira igreja matriz foi inaugurada em 1877, sendo demolida para dar lugar à atual, cujas obras foram iniciadas em 1912. A consagração da atual Igreja Matriz de São João Batista data de 1926, tendo passado por reforma entre 1976 e 1996. Um aspecto diferenciador desta igreja está no amplo e muito bem cuidado jardim que a cerca.


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quarta-feira, 28 de julho de 2010

A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 1

Catedral de N. Sra. do Amparo em fotografia infravermelha
(Amparo - SP)
Tenho visitado nos últimos meses várias cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais, na região em que, nas décadas iniciais do século XX, o café era a grande estrela da produção agrícola. Por ocasião dessas visitas, procurei observar o que poderia ser rotulado de "patrimônio histórico", aquilo que merece, de fato, preservação. Há, em alguns casos, construções já devidamente tombadas, enquanto outras, mesmo sem exibir esse rótulo, não são menos importantes. Acontece que, depois de muito observar e refletir, vejo que, majoritariamente, edifícios de destaque pelo interesse histórico, nos lugares mencionados são, muitas vezes, igrejas.
O que isso significa? Pelo menos três coisas:

1. Sabe-se que, em muitos casos, a colonização e a ocupação do território brasileiro foram feitas com a marca do provisório, descuidadamente, o que obrigou, quase sempre, à substituição das antigas construções por outras "mais modernas". Não é raro ouvir alguém contar: "Aqui era a prefeitura", "era a escola tal", "era a biblioteca"... Isso nos conduz a, no mínimo, duas possibilidades: a primeira, é que construções precárias tenham se deteriorado e por isso foram demolidas, enquanto a segunda é que uma noção distorcida de progresso tenha levado à destruição de prédios mais antigos, ainda que em bom estado, para dar lugar a edifícios novos.

2. Nem sempre os recursos eram abundantes e, dessa forma, deviam ser alocados naquilo que a comunidade valorizava - daí a existência de belos locais de culto mesmo em cidades de potencial econômico restrito. Na prática, as igrejas tornavam-se motivo de orgulho para a população, como um centro da vida social e, sendo mais solidamente construídas, é natural que tenham sobrevivido mais tempo, havendo numerosas que podem ser vistas e visitadas atualmente. A mesma linha de raciocínio explica a razão de muitas delas estarem tão bem preservadas, mesmo em localidades em que as casas particulares, outrora suntuosas, não passam agora de ruínas, ainda que de significativo interesse histórico. Sem contar, é claro, o zelo das autoridades eclesiásticas em cuidar das igrejas sob sua jurisdição.

3. Há igrejas que apresentam um aspecto interessante: tiveram a construção iniciada durante a época de prosperidade decorrente das exportações de café, cuja decadência significou uma pausa nas obras. Nesse caso, há duas possibilidades, pelo menos:
a) A igreja foi terminada, mas modestamente, o que é verificável, por exemplo, quando o exterior é grandioso e a ornamentação interna, muito simples;
b) A igreja teve a construção paralisada e só foi concluída décadas depois, de modo que diversos estilos arquitetônicos, tanto externa quanto internamente, podem ser observados.

Devo acrescentar que as igrejas a que me refiro são templos católicos. Procurei igrejas protestantes que apresentassem o mesmo perfil, mas não encontrei. No entanto, se houver alguma, gostaria de conhecer. Você conhece? Conte-me!
Nas próximas postagens darei alguns detalhes sobre vários dos mais significativos exemplares dessa arquitetura sacra paulista e mineira, para que você, leitor, que eventualmente se interesse em visitar alguns desses lugares, tenha seu apetite histórico aguçado.


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domingo, 25 de julho de 2010

Grandes navegadores - Parte III: Uma aventura para valentes de diversas origens

Embarcações portuguesas contavam com marinheiros de diferentes nacionalidades


A maioria dos navegadores que, nos séculos XV e XVI, lançou-se a dominar os oceanos era, sem dúvida, composta por marinheiros profissionais, gente experimentada nas asperezas do ofício. A despeito disso, não conseguiam deixar de lado o entusiasmo pelo que viam nas "novas terras", como sobejamente o demonstram a Carta de Caminha e outros documentos, como o Diário da Navegação de Pero Lopes de Souza (¹), já mencionado nas postagens precedentes desta série (Parte I e Parte II), no qual podemos ter uma ideia do deslumbramento dos europeus ante a paisagem do Continente Americano, pelo que lemos no seguinte trecho:
"Eu trazia comigo alemães e italianos, e homens que foram à Índia e franceses - todos eram espantados da formosura desta terra; e andávamos todos pasmados que nos não lembrava tornar." (²)
Note-se que Pero Lopes indica haver com ele homens de várias nacionalidades, o que demonstra que as navegações, encabeçadas principalmente por Portugal e Espanha, contaram, como empreendimento, com a participação de pessoas que eram contratadas devido à sua experiência e coragem, independente das origens. E, que isso não ocorreu apenas na expedição comandada por Martim Afonso (irmão de Pero Lopes, cujo Diário citamos) e que não incluía apenas europeus, mas também africanos, pode-se ver, por exemplo, no Livro da Nau Bretoa ), que refere a presença de negros como grumetes:
"Antonio [...] negro criado de Ruy Gomes
Antonio negro escravo de Artur Henriques
Bastiam escravo de Bartolomeu Marchone " (⁴)
Neste caso, o primeiro devia, provavelmente, ser de condição livre, sendo os dois últimos explicitamente citados como cativos. O aspecto interessante é que o primeiro escravo é descrito como "negro africano", mas, quanto ao segundo, não se especifica a origem. Há, além disso, no restante da lista dos navegantes da expedição, vários outros cuja nacionalidade não é identificada, mas seus nomes sugerem que talvez não fossem portugueses, sem omitir que, dos quatro armadores, dois deviam ser italianos, pois são, na ortografia da época, chamados "Bertolameu Marchone" e "Benadyto Morelle".
Além dos marinheiros de profissão havia, porém, quem viesse às Américas em busca de aventura - do que Hans Staden, com muita probabilidade, deve ser o mais famoso exemplo. Seja como for, para muitos marinheiros ou aventureiros, as terras recém-descobertas pareciam ser um lugar encantado, a ponto de não quererem retornar. Quanto a isso, concluímos com uma última citação do Diário da Navegação, no qual se registra, em julho de 1532:
"Aqui se lançaram com os índios três marinheiros da minha nau, e me detiveram oito dias buscando-os e não os pude haver por os índios mos esconderem." (⁵)
Estes, por certo, fizeram parte do grande número de europeus que, integrando-se à vida dos aldeamentos indígenas, começaram a lançar as bases de uma cultura tipicamente mameluca, que, por séculos, caracterizou algumas regiões do Brasil e que ainda hoje persiste em determinados lugares.


(1) Rio de Janeiro: Typ. de D. L. dos Santos, 1867.
(2) Página 54.
(3) Que partiu de Lisboa com destino ao Brasil em fevereiro de 1511 - anterior, portanto, à expedição de Martim Afonso, da qual também fazia parte Pero Lopes de Souza.
(4) Na mesma edição do Diário da Navegação de Pero Lopes de Souza, p. 105.
(5) Página 70.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Grandes navegadores - Parte II: A coragem ultrapassa o medo

Navegadores dos Séculos XV e XVI corriam grandes perigos em suas viagens


Na primeira postagem desta série abordei a questão das incertezas enfrentadas pelos marinheiros dos séculos XV e XVI em suas viagens marítimas. Que dizer, entretanto, das dificuldades quotidianas de quem navegava? No mesmo Diário da Navegação de Pero Lopes de Souza, mencionado em Incríveis Navegadores - Parte I, encontramos, à página 14:
"Sábado 14 do dito mês tomei o sol em três graus e três quartos: este dia todo não ventou; senão choveu muita água, e fazia tão grande calma, que não se podia suportar."
Tente imaginar, leitor, as embarcações a vela, retidas em alto mar pela absoluta falta de vento, estando a marujada inteiramente exposta, ora ao sol, ora às tempestades. Sob o sol, na zona equatorial, o calor do verão podia ser quase intolerável; se chovia, porém, o problema não era menor, como vemos por trechos respectivamente das páginas 22, 23, 29 e 30, em que são descritas tempestades, nas quais a água que lhes molhava o corpo talvez fosse o menor dos inconvenientes:
"Sexta-feira oito dias do mês (¹) [...]. À tarde nos deu uma trovoada de muita água; e entre as naus se fizeram duas mangas (²), de que os marinheiros houveram mui grande medo, por no mar ser coisa mui perigosa."
"Sábado (³)  no quarto-d'alva se fez o vento sudoeste; e veio tão súbito e furioso, que quase não deu lugar a amainar as velas; e ventou com tanta força (o qual ainda nesta viagem o não tínhamos assim visto ventar) que as naus sem velas metiam no bordo por debaixo do mar: era tamanha a escuridão e relâmpagos, que era meio-dia e parecia de noite; à tarde se fez o vento sul. Andava o mar tão grosso e tão feio que nos entrava por todas as partes. No quarto da prima ao sair da lua abonançou mais o vento; ficou o mar tão grande que nos não podíamos ter na nau. Da banda de bombordo me arrebentaram os aparelhos, com o jogar da nau."
Amainada a tempestade, ficavam consequências penosas, como equipamento danificado e perda de suprimentos, tão escassos quanto indispensáveis durante as viagens. Sobre isso, veja-se essa breve citação da p. 47:
"A água que choveu me molhou o mantimento todo, que mais não prestou." (⁴)
Sentiam medo os navegadores? Ora, leitor, eram humanos! É verdade que a luta contínua podia, talvez, fazê-los mais destemidos que o comum dos mortais, mas como não ter medo diante da fúria do mar, da possibilidade sempre elevada de doenças letais, da iminência da morte pela fome ou sede excruciantes? Todavia, a despeito de tamanhas dificuldades, esses incríveis navegadores prosseguiam rumo a suas metas, que muitas vezes eram desconhecidas...
O desconhecido que aterrorizava também compelia a prosseguir, mesmo sabendo que a vitória de  um dia podia transformar-se em derrota e morte em ocasião posterior. Não, não exagero: Bartolomeu Dias, o homem que liderou a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança em 1488, naufragou nas mesmas águas traiçoeiras cerca de doze anos depois; Juan Diaz de Solís foi assassinado por nativos no Uruguai, quando buscava uma passagem do Atlântico ao Pacífico; Fernão de Magalhães, que finalmente conseguiu passar por via marítima entre os dois oceanos, morreu em combate em abril de 1521 nas Filipinas; Juan Sebastián Delcano, o sucessor de Magalhães, morreu de escorbuto em 1526, e mesmo Vasco da Gama, que havia liderado a chegada às Índias em 1498, morreu de malária em Goa, no ano de 1524. Vale ainda acrescentar que, a cada embarcação que naufragava com um grande navegador, perdiam-se também muitos marinheiros anônimos, embora não menos audaciosos. Como um tributo à sua determinação e coragem, citamos, para concluir, os fatos referidos por Pero Lopes de Souza em seu diário (páginas 60 e 61):
"Ajuntamo-nos todos em uma pedra; porque o vento saltou ao mar; e crescia muito a água, que a ilha era quase toda coberta; senão um penedo em que todos estávamos, confessando uns aos outros, por nos parecer que era este o derradeiro trabalho. Assim passamos toda esta noite (⁵) em se todos encomendarem a Deus: era tamanho o frio, que os mais dos homens estavam todos entanguidos, e meio mortos. Assim passamos esta noite com tamanha fortuna, quanta homens nunca passaram."
"E não tínhamos que comer, que havia dois dias que a gente não comia; e muitos homens ficaram tão desfigurados do medo, que os não podia conhecer. Toda esta noite nos choveu e ventou com relâmpagos e trovões: que parecia que se fundia o mundo." (⁶)
Eram os dias  24 e 25 de dezembro de 1531: não deveriam eles celebrar o Natal?...


(1) Março de 1831.
(2) Trombas-d'água.
(3) Sábado, 23 de abril de 1531.
(4) Domingo, 24 de novembro de 1531.
(5) Terça-feira, 24 de dezembro de 1531.
(6) Quarta-feira, 25 de dezembro de 1531.



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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Grandes navegadores - Parte I: A incerteza faz companhia

Navegadores dos Séculos XV e XVI nem sempre sabiam em que lugar estavam


Hoje, quando alguém viaja ou planeja uma aventura qualquer, geralmente sabe aonde quer ir, quanto tempo gastará, quais os equipamentos indispensáveis e, quase sempre, é capaz de dizer o que espera encontrar ao chegar ao seu destino. Essas informações são vitais para a segurança de qualquer viajante. Não era esse o caso dos marinheiros dos séculos XV e XVI, pois quase tudo em suas viagens marítimas era  incerteza.
Um fato que chama a atenção nas navegações dos séculos XV e XVI é que os marinheiros pareciam nunca saber exatamente onde estavam, a menos que suas embarcações "andassem a vista de terra" já conhecida. Veja-se, por exemplo, no Diário da Navegação de Pero Lopes de Souza pela Costa do Brasil até o Rio Uruguai  (¹), de 1530 a 1532, p. 10:
"Sexta-feira 9 dias de dezembro às três horas depois de meio-dia houve vista da terra; e chegando-nos mais a ela, reconhecemos ser a ilha de Tenerife. Como foi noite tiramos as monetas (²); e pairamos a noite toda até o quarto d'alva, que nos fizemos à vela."
Além disso, na página 16, encontramos o seguinte registro: 
"Assim que nesta paragem a pilotagem é incerta: por experiência verdadeira, para saberdes se estais de barlavento ou de julavento (³) da ilha de Fernão de Loronha (⁴), quando estais de barlavento vereis muitas aves as mais rabiforcados e alcatrazes pretos; e de julavento vereis mui poucas aves, e as que virdes serão alcatrazes brancos. E o mar é mui chão."
E mais adiante, ainda na p. 16:
"Segunda-feira 30 dias do mês de janeiro tomei o sol: e estava na altura do cabo de Santo Agostinho; e íamo-lo a demandar pelo rumo de oeste. Este dia não correu pescado nenhum conosco, que é sinal nesta costa de estar perto de terra; e outro nenhum não tem senão este."
Veja, leitor, o documento a que me reporto é de 1530 a 1532 - depois das viagens de Colombo, da de Vasco da Gama às Índias, da de Cabral ao Brasil, mesmo após a de circunavegação (Fernão de Magalhães - Delcano). E, a despeito de todo o conhecimento técnico e prática acumulados, as viagens eram ainda assustadoramente inseguras. Você empreenderia alguma viagem nessas condições? Os navegadores - incríveis navegadores - o fizeram.


(1) De acordo com a  edição de Varnhagen de 1867, que transcrevo na ortografia atual.
(2) Velas pequenas.
(3) Termo náutico, com o mesmo significado de sotavento, que é atualmente mais empregado.
(4) Ou Noronha.


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terça-feira, 6 de julho de 2010

O Brasil não é um clube de futebol

Depois da derrota da seleção brasileira de futebol (em jogo contra a Holanda) na Copa do Mundo, as ruas ficaram desusadamente silenciosas, apesar do movimento de pessoas que retornavam ao trabalho. Funcionários de lojas, com evidente desânimo, começaram a retirar a decoração verde-amarela, havendo comerciantes que chegaram a expressar sua decepção, dizendo que "com a Copa, estávamos vendendo mais, as pessoas tinham ficado mais dispostas a gastar".
Considero perfeitamente normal em um país como o Brasil, no qual o futebol tem um significado social muito grande, que haja uma certa tristeza decorrente da eliminação do selecionado nacional, justamente em sua competição mais importante. O que não me parece adequado é ver bandeiras do Brasil espalhadas pelo chão, ou ainda sendo descuidadamente removidas de vitrines, como se fossem apenas as bandeiras de um clube de futebol qualquer. Tudo isso me leva a conjecturar que, para uma parcela razoável da população, o Brasil é visto mais ou menos como um grande time pelo qual se torce em momentos nos quais as rivalidades de torcidas são esquecidas, senão superadas, em favor do "super-time" que é, ainda que apenas no plano imaginário, a seleção brasileira. Nessas ocasiões é usual aplaudir, por ser brasileiro, o mesmo jogador que, semanas antes, havia sido injuriado por jogar pelo time adversário em uma partida no campeonato nacional. Estranho cimento é o futebol, capaz de forjar, ainda que por poucos instantes, uma unidade nacional que de outro modo não se consegue fazer emergir!
Mas voltemos ao assunto das bandeiras dispersas pelas calçadas. O fato de que sejam tratadas com tão pouca consideração é reflexo, a meu ver, de uma falta quase absoluta de educação para a cidadania. Não estou propondo a ressurreição da tristemente famosa Educação Moral e Cívica, mas o desenvolvimento de uma consciência dos privilégios e obrigações da condição de cidadão, o que inclui, ainda que perifericamente, a compreensão de que a bandeira é um símbolo de todos os brasileiros, e não apenas de campos, matas, minas de ouro, céu azul e outros aspectos "naturais". Deveria estar suficientemente claro que quem a desrespeita, está praticando ato ofensivo ao corpo de cidadãos que constitui o país, o que inclui, por suposto, o próprio ofensor.
Mas como esperar algo diferente do que se vê? Se a seleção brasileira vence, então todos vencem e comemoram. Se é derrotada, a culpa é dos jogadores... Talvez fosse importante avaliar como essa postura pode ser extrapolada para toda a vida civil, particularmente no âmbito da política, com suas consequências para o grau de envolvimento pessoal dos cidadãos em questões que interessam a todos, mas que são deixadas nas mãos de poucos, sem que haja verdadeiro interesse pelos rumos do país. Nesse quadro, não chega a espantar que a bandeira do Brasil seja vista apenas como mero objeto publicitário - descartável, e nem sempre reciclado - apenas para aumentar o trabalho dos coletores de lixo, quando não mais se precisa dela para elevar as vendas.


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